domingo, 15 de junho de 2014

Filme “A busca”

 

 

Filme Brasileiro, 2012.

Tempo: 96 minutos.

Direção: Luciano Moura e Elena Soarez

Elenco: Wagner Moura, Mariana Lima, Brás Antunes, Lima Duarte.

 

Com grandes nomes do cinema e da teledramaturgia nacional, A busca me fez querer coloca-lo logo na minha Lista de  365 filmes para ver em 1 ano. O elenco conta com nada mais, nada menos que Lima Duarte, Wagner Moura, Mariana Lima, Brás Antunes entre outros.

A trama gira ao redor de Theo que vive uma crise familiar e isso só piora com o desaparecimento do seu filho de 15 anos, Pedro.

Theo não consegue lidar com o divórcio e é um pai muito controlador, portanto não aceita que Pedro se comunique com o avô paterno alegando que ele “não o conhece!”. Após o sumiço, o casal começa a se reaproximar e reavaliar seus conceitos e sentimentos.

Desesperado, Theo parte em busca do filho e vivencia as mais variadas situações: desde um parto até um furto de celular. E acaba descobrindo que não precisa encontrar apenas Pedro e sim, a si mesmo.

Sobre a atuação de Wagner Moura, não há nada a declarar. Ele consegue ser intenso, sensível e tudo o que o personagem precisa em qualquer circunstância. A trama do filme é muito interessante, muito bem bolada e com certeza bem interpretada.

Apesar de ter achado um tanto previsível, despertou em mim as mais variadas sensações como angustia, felicidade, nervoso… Enfim, esse é um daqueles filmes que vão mexer com você do começo ao fim.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

"Feminismo pra quê?" #Eunãomereçoserestuprada

A polêmica pesquisa do IPEA repercutiu pelas esferas sociais: que grande espetáculo! É como se a estatística apresentada já não fosse provada a cada observação apurada dos estigmas sociais. Essa polêmica foi criada devido a falta de debate. A causa que parece pouco importante, já está há muito tempo ocupando os holofotes de quem sofre diariamente com o abuso verbal, psicológico e físico (de ambos os gêneros). A preocupação exacerbada não é de agora: faz parte de um processo civíl que há muito, vem sendo subjugado por questões "mais alarmantes". A questão mais argumentada não diz respeito a gêneros, mas sim a sociedade. Não se choque com as verdades ditas, não se abale com os depoimentos, não é como se você já não tivesse visto, é?  A pretensão de se assumir como mulher livre não tem nada de novo ou futurístico, é a própria atualidade tomando seu contexto. O preconceito injetável nas veias sociais faz parte da falta de visão daqueles que não se permitem ver ou escutar, mas se limitam a julgar, vitimar e culpar. 


O problema com a polêmica é que ela é sempre mistificada. Sua real presença está inserida no debate que nunca ocorreu. Isso porque a sociedade se calou junto com suas vítimas, a comunidade não soube ( e muitas vezes não quis) apontar a falha do seu sistema nervoso. Talvez isso nunca tenha acontecido com você, mas é por isso que não se deve lutar? O uso de roupas curtas ou consideradas indecentes não responsabiliza a mulher pela violência, tal como o abuso não é justificado pela “natureza selvagem” do homem. Isso porque essa tal natureza selvagem está intrínseca a um outro tipo de humano: o humano primordial que não sobrevivia muito mais do que seus 40 anos, que só se alimentava daquilo que adquiria da caça ou plantação. Então, é esse o tipo de humano de que estamos falando?

A sociedade do estupro se manifesta mais uma vez a cada comentário hipócrita sobre as atuais manifestações sobre a campanha. Essa tal falação que não permite redirecionar a verdadeira razão dos acontecimentos, o comprometimento ineficaz da população que apenas acredita em números transmitidos pela grande mídia. Então quer dizer que só os números são confiáveis? Porque não se confiou nas denúncias dos abusos do metrô? As denúncias do "revenge porn"? Porque não se ouviu a menina que ateou fogo a si mesma? Ou porque não se lembrou da realidade jurídica? A problematização do assunto aparece quando é preciso provar algo para que possa ser discutido. O genocídio sem fim das mentes de mulheres que por gerações foram ensinadas a sentir-se culpadas. Essa falta de merecimento generalizado que culpa a todo mundo, e ao mesmo tempo não culpa ninguém.


domingo, 2 de março de 2014

Ansiedade

Versos de tempo
Minutos de arte
Amor sem comprimento
Viver é fazer parte

Ás vezes me domino
e escrevo sem pensar
a felicidade de um menino
que nunca soube estar

Ele vivia longe e tranquilo
fora do lugar
fazia o estilo daqueles
que não sabem falar

Ás vezes eu pressinto
essa ansiedade
do menino que fugiu
porque não queria estar.

Sobre

A ambivalência é a experiência de ter pensamentos e / ou emoções de valência tanto positiva quanto negativa em relação a alguém ou alguma coisa. Alguém ou alguma coisa. Eu tento entender o mundo, responder suas perguntas de uma maneira simples. O problema é que ouvi dizer que as melhores experiências deixam mais perguntas do que respostas. E é por isso que não sei se respondo, ou se questiono junto.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Aos que nunca fugiram à luta

        Todos saíram a rua. Boom. O Brasil acordou. Eis que esses atos que tomaram o Brasil, conquistou algumas mudanças e demonstraram as suas forças. Mas, e agora, José? Cadê os 100 mil nas ruas? Cadê os perfis nas redes sociais com fotos no Brasil? Cadê os que nunca fugiram à luta?
       “O problema é a falta de foco“, dizem. Mas o problema também já é antigo e conhecido: a crise de representatividade democrática no país. A população vota, o candidato é eleito, a população não cobra e ai, meu caro, o problema só começa. Sair na rua repetindo informações também é um problema: não porque agora todos querem ser politizados, mas porque “ninguém“ realmente sabe sobre o que está manifestando. Então, se todos acordaram e resolveram manifestar suas descrenças políticas, cadê a verdadeira voz do Brasil?
        É como eu li em um texto por aí , o gigante que todo mudo fala que acordou não soube ou ainda não conseguiu arrumar a cama. A questão é que não há nada concreto, lutam por todos os problema de uma vez só e não se “objetivam nada“. Isso porque a ineficiência de prestação de serviços dos nossos governantes, não nos representam. É difícil entender? “Assim a mudança não acontece“, me dizem. Mas será, que se não houvessem os atuais protestos nós estaríamos discutindo o futuro da aclamada nação? Não está correto as pessoas saírem por ai lutando contra a corrupção e todo o mal do Brasil, mas ficar em casa parece ter os cansado. Então qual é a melhor opção?
         Agora que um dos objetivos foi alcançado, parece que a população se calou. Porque? Eles apenas estavam seguindo a massa? Voltaram para o facebook? Resolveram avaliar e esperar mais um pouco sobre as medidas presidenciais? Protestos ainda acontecem por ai, com menor quantidade, mas ainda há pessoas que acreditam em mudanças. Você pode acreditar que isso não vai dar em nada, mas se silenciar já deu? Não estou defendendo os protesto diários focados em tudo e em nada ao mesmo tempo. Estou defendendo as conquistas municipais , estaduais e federais que auxiliem na construção de um novo país. Estou defendendo o foco nacional, a mudança que todos querem ver. Defendo como sempre defendi a mudança individual das pessoas que busquem questionar ao invés de se tornarem repetidores de informação.
         Não precisamos do impeachment da Dilma ou do Alckmin, precisamos de uma reforma política. Não precisamos destruir os comércios locais da nossa própria população, precisamos da transparência de nossas prefeituras. Não precisamos trabalhar 5 meses ao ano para pagar nossos impostos, precisamos de reforma tributária. Não precisamos de fotos de “perfil“, precisamos de ação. Não precisamos acabar com os protestos, precisamos de foco.
         Todos esperam a mudança, mas simplesmente não mudam a si mesmo: copiam e colam, compartilham e “curtem“. É um momento único do Brasil, não devemos apenas deixar passar diante de uma pequena conquista.
         A organização é preciso mais ainda do que os protesto: se informe, estude e debata. Seja a mudança que você quer ser. O Brasil acordou? Difícil dizer. Mas adivinhe só : permanecer como está não resolve também. .